Ataque de fake news de Marçal mira em Ricardo Nunes, mas atinge candidato Boulos e preocupa democracia a dois dias da eleição

Recentemente, um ataque direcionado a Boulos desencadeou uma série de consequências políticas que vão muito além do candidato à prefeitura de São Paulo. O episódio, articulado por Marçal, teve como alvo principal o candidato a vice, Ricardo Nunes, do MDB.

Em meio a uma disputa acirrada, a estratégia de Marçal visava não apenas difamar Boulos, mas também conquistar eleitores de Nunes, como mostram os recentes dados do Datafolha. A vantagem de Marçal sobre o adversário cresceu de 43% para 51%, enquanto Nunes viu seu apoio cair para 32%.

O presidente do MDB, Baleia Rossi, criticou publicamente o coach, afirmando que suas ações extrapolaram os limites éticos. Para Rossi, a tentativa de manipular a opinião pública através de fake news representa uma ameaça à democracia.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro reafirmou seu apoio a Nunes durante uma live, destacando-o como o candidato capaz de derrotar a “extrema-esquerda”. A postura de Marçal é estratégica, visando diminuir a influência do presidente e consolidar seu próprio apoio entre os eleitores.

O momento é delicado, já que a candidatura de Marçal não corre risco de impugnação antes da votação. Com liberdade para disseminar mentiras e ataques, ele pode distorcer a realidade e influenciar o resultado eleitoral. A falta de controle institucional sobre suas ações gera preocupação a dois dias das eleições.

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