Debate eleitoral em São Paulo registra exageros e distorções entre candidatos; veja os principais destaques do evento na TV Globo.

Debate Eleitoral em São Paulo: Exageros e Imprecisões dos Candidatos

O último debate eleitoral antes do primeiro turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Globo, trouxe à tona alguns exageros, distorções e imprecisões por parte dos candidatos que participaram do evento realizado no dia 3 de outubro.

Os candidatos presentes foram Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).

Tabata Amaral

No debate, Tabata Amaral exagerou ao afirmar que a gestão de Ricardo Nunes herdou uma cracolândia e que entregará 72 ao final do mandato. Entretanto, um levantamento da própria prefeitura em 2014, na gestão de Fernando Haddad (PT), apontava a existência de cerca de 30 pontos de uso de drogas na cidade. A afirmação de Tabata sobre a quantidade de cracolândias representa um exagero.

Pablo Marçal

Durante sua participação, Pablo Marçal citou uma frase e a atribuiu ao escritor Eça de Queiroz, porém não existem registros de que o autor realmente tenha elaborado tal frase. Essa atribuição se encaixa na lista de frases comumente erroneamente atribuídas na internet a escritores famosos.

José Luiz Datena

No debate, José Luiz Datena exagerou ao afirmar que 120 milhões de pessoas morreram na China durante o regime de Mao Tsé-tung, quando estatísticas estimam um número menor, entre 20 e 60 milhões de mortos. Além disso, Datena errou ao falar sobre Josef Stalin, atribuindo a ele a morte de 70 milhões de pessoas, quando estimativas apontam um número em torno de 20 milhões de vítimas durante seu regime na União Soviética.

Guilherme Boulos

Durante o debate, Guilherme Boulos citou uma reportagem do UOL para questionar Ricardo Nunes sobre uma suposta ligação do prefeito com o cunhado de um líder do PCC. No entanto, a reportagem esclarece que não há evidências de que essa relação tenha influenciado a trajetória do servidor mencionado, Eduardo Olivatto.

Ricardo Nunes

Nunes afirmou durante o debate que Guilherme Boulos já foi condenado, mas não há registros de condenação contra o candidato do PSOL. Embora Boulos já tenha sido mencionado como “investigado” ou “indiciado” em diversos inquéritos relacionados a sua atuação no MTST, nenhum desses casos resultou em condenação.

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