Trajetória das eleições municipais no Brasil: da primeira prefeita mulher aos candidatos mais ricos e curiosidades do processo democrático.

As eleições municipais no Brasil são marcadas por dados curiosos e um olhar histórico sobre a trajetória democrática do país. Desde a primeira prefeita mulher do Brasil até a utilização da urna eletrônica, o processo eleitoral reflete a evolução da participação popular e das práticas democráticas.

Em 1996, as urnas eletrônicas foram utilizadas pela primeira vez em uma eleição municipal, revolucionando o processo eleitoral ao computar os votos de mais de 32 milhões de brasileiros em cerca de 70 mil máquinas. Esse avanço tecnológico contribuiu para tornar o acesso do eleitor mais fácil e transparente, permitindo até mesmo o voto em trânsito em determinados pleitos.

1- Quem foi a primeira prefeita do Brasil?

A primeira prefeita mulher do Brasil foi Alzira Soriano, que venceu a eleição em 1928 na cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte. Mesmo em uma época em que o direito de voto feminino não era garantido em todo o território nacional, Soriano conquistou a confiança dos eleitores, obtendo 60% dos votos.

A desigualdade de gênero persiste nas eleições municipais, com a maioria dos prefeitos sendo homens. Em 2024, apenas 15% dos candidatos a prefeito são mulheres, evidenciando a necessidade de maior representatividade feminina no cenário político.

2 – Há voto em trânsito nas eleições municipais?

O voto em trânsito permite que os eleitores votem em uma cidade diferente de seu domicílio eleitoral. No entanto, esse direito não é válido nas eleições municipais, tornando essencial a justificativa de ausência caso o eleitor não esteja em seu local de votação no dia da eleição.

Após as eleições, a justificativa pode ser feita em qualquer zona eleitoral, através do e-Título ou dos sites do TSE e dos TREs, sendo necessário informar a ausência até 5 de dezembro para o primeiro turno.

3 – Quando a urna eletrônica foi usada pela primeira vez?

A urna eletrônica foi introduzida nas eleições municipais de 1996, sendo utilizada em 57 cidades e coletando os votos de mais de 32 milhões de brasileiros. O projeto, liderado pelo Tribunal Superior Eleitoral, tinha como objetivo aumentar a segurança e transparência do processo eleitoral, afastando a intervenção humana e o risco de fraude.

4 – Quais são os candidatos mais ricos nas eleições de 2024?

De acordo com dados do TSE, Sandro Mabel, candidato a prefeito em Goiânia, é o candidato mais rico, com um patrimônio declarado de R$ 313.405.916,29. Em segundo lugar, está Pablo Marçal, postulante à Prefeitura de São Paulo, com R$ 169.503.058,17 em bens declarados.

Outro destaque é José Luiz Datena, candidato à Prefeitura de São Paulo, que figura em sétimo lugar na lista dos mais ricos, com um patrimônio de R$ 38.301.790,28. Esses dados refletem a diversidade de perfis dos candidatos que buscam representar a população nas eleições municipais.

5 – Quantos candidatos são militares ou policiais?

Nas eleições de 2024, aproximadamente 6.649 candidatos possuem alguma ligação com a área militar ou policial, representando 0,2% do total de candidaturas. Partidos como PL, Republicanos e União Brasil se destacam por lançarem candidatos com esse perfil, refletindo a diversidade de origens e experiências dos postulantes aos cargos municipais.

6 – Quantos candidatos são transgêneros nestas eleições?

Nas eleições de 2024, pelo menos 967 candidatos se identificam como transgêneros, representando 0,2% das candidaturas registradas no TSE. Essa é a primeira vez que a informação sobre identidade de gênero é obrigatória no registro de candidatura, refletindo a busca por maior inclusão e diversidade no processo eleitoral.

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