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Âmbar do grupo J&F contesta termos da Aneel para compra da Amazonas Energia, alegando inviabilidade de recuperação e alto impacto na conta de luz.

Recusa da Âmbar aos termos da Aneel para compra da Amazonas Energia

A empresa Âmbar, vinculada ao grupo J&F, anunciou nesta quarta-feira (2) sua não aceitação dos termos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a compra da distribuidora Amazonas Energia. A decisão foi motivada após a agência aprovar a aquisição, seguindo a proposta dos técnicos da Aneel, que difere do plano apresentado pela Âmbar.

De acordo com a empresa, a recusa inviabiliza a recuperação de uma companhia que acumulou prejuízos significativos nos últimos 25 anos, estimados em R$ 40 bilhões. Em nota, a Âmbar afirmou que buscará a reconsideração da decisão como alternativa à intervenção ou à caducidade da concessão, alertando para os riscos ao abastecimento de energia e aos cofres públicos.

Uma das principais divergências entre os planos da Âmbar e da Aneel está no impacto na conta de luz dos consumidores. Enquanto o plano da Âmbar previa um impacto de até R$ 14 bilhões, a proposta da Aneel calcula um impacto de cerca de R$ 8 bilhões em um período de 15 anos.

O processo de votação dos planos técnico e da Âmbar segue em andamento, sem definição imediata. Enquanto isso, a Justiça Federal determinou a efetivação da compra com o plano da Âmbar, mas ainda há recursos em análise.

ENTENDA O CASO

A Amazonas Energia enfrenta desafios operacionais e financeiros, com uma dívida superior a R$ 10 bilhões, o que coloca em risco a caducidade da concessão. O plano de compra surgiu após uma medida provisória do Ministério de Minas e Energia flexibilizar o contrato da empresa elétrica, permitindo o repasse do controle societário.

A Aneel recomendou a rejeição do plano da Âmbar, apontando um impacto na conta de energia que quase duplica o previsto pela agência. A disputa entre os planos envolve questões de custos operacionais e técnicos, com ajustes realizados pela Âmbar para reduzir o impacto financeiro.

Diante da incerteza sobre o desfecho do caso e dos desafios enfrentados pela Amazonas Energia, a batalha pela compra da distribuidora continua atraindo atenção e debates no setor energético no Brasil.

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