Pesquisa revela que homens jovens com ensino médio são os maiores usuários de apostas esportivas no Brasil, aponta estudo do DataSenado.

Brasileiros apostam em aplicativos de apostas esportivas

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto DataSenado traz dados interessantes sobre o perfil dos usuários de aplicativos de apostas esportivas no Brasil. De acordo com o estudo, homens com até 39 anos e ensino médio completo são os que mais participam desse tipo de atividade. Cerca de 13% dos brasileiros com 16 anos ou mais, equivalente a aproximadamente 22,13 milhões de pessoas, admitiram ter feito apostas nos últimos 30 dias.

O levantamento revelou que 62% dos apostadores são do sexo masculino, enquanto as mulheres representam 38% do total. Além disso, a faixa etária mais comum entre os que realizam apostas é de 16 a 39 anos, seguida pelos grupos de 40 a 49, 50 a 59 e 60 anos ou mais.

Em relação à escolaridade, 40% dos participantes possuem ensino médio completo, 23% têm ensino fundamental incompleto e 20% possuem ensino superior incompleto ou mais.

Desemprego e renda

Do ponto de vista econômico, a pesquisa revelou que a maioria dos apostadores está empregada (68%), enquanto 27% estão fora da força de trabalho e apenas 5% estão desempregados. A renda mensal da maioria dos participantes fica abaixo de dois salários mínimos (52%), seguida por 35% que ganham entre dois e seis mínimos, e 13% com renda superior.

Em relação aos gastos com apostas, a pesquisa mostrou que a maioria dos brasileiros desembolsou até R$ 500 em aplicativos ou sites de apostas, sendo apenas 3% os que gastaram mais do que esse valor.

A pesquisa também abordou a questão das dívidas entre os apostadores, destacando que 58% daqueles que realizaram apostas apresentam dívidas em atraso há mais de 90 dias.

Legislação e impacto social

As apostas esportivas on-line foram regulamentadas pela Lei 14.790, de 2018, após anos sem uma legislação específica. A norma visa taxar empresas e apostadores, estabelecer regras para a exploração do serviço e definir a partilha da arrecadação, visando áreas como educação, saúde e segurança pública.

Por outro lado, o crescimento das apostas, impulsionado pela propaganda on-line e em eventos esportivos, tem gerado preocupações relacionadas ao endividamento das famílias e ao impacto negativo na economia. O governo federal já anunciou planos para reforçar as regras existentes e garantir a sustentabilidade desse mercado.

Em resumo, a regularização das apostas esportivas trouxe benefícios fiscais, mas também evidenciou desafios sociais que precisam ser endereçados para garantir um ambiente seguro e saudável para os jogadores.

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