A nota do país subiu de Ba2, dois níveis abaixo do grau de investimento, para Ba1, um nível abaixo dessa categoria. O grau de investimento é crucial, pois representa a garantia de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública, o que pode atrair mais investidores interessados em títulos públicos brasileiros.
No comunicado oficial, a Moody’s destacou a melhora significativa no crédito do país, atribuindo esse avanço ao crescimento econômico robusto e às reformas econômicas e fiscais implementadas recentemente. A agência ressaltou a importância do compromisso do governo com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Entre as reformas elogiadas pela agência, a reforma tributária ganhou destaque. A Moody’s acredita que o novo sistema trará melhorias no ambiente de negócios e na alocação de recursos, possibilitando um aumento do potencial de crescimento econômico no longo prazo. Além disso, a agenda de transição energética também foi mencionada, visando atrair investimentos privados e reduzir a vulnerabilidade do país a choques climáticos.
O Ministério da Fazenda comemorou a notícia, destacando o compromisso do governo em melhorar as contas públicas, aumentando a arrecadação e controlando os gastos. Segundo a pasta, a estabilização da relação dívida/PIB e um balanço fiscal mais robusto contribuirão para a redução das taxas de juros e para a criação de um ambiente favorável à expansão dos investimentos públicos e privados.
Desde 2017, a Moody’s classifica o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento, uma posição mais favorável do que a atribuída por outras agências de classificação de risco. Em julho de 2023, a Fitch elevou a nota do país, seguida pela S&P Global em dezembro do ano passado, indicando uma crescente confiança no cenário econômico brasileiro.