Projeção do PIB brasileiro para 2025 é revisada para 2,4%, aponta estudo do Ipea

A economia brasileira tem mostrado sinais positivos de recuperação e crescimento, de acordo com a revisão feita pelo Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi elevada de 2,2% para 3,3%, mostrando uma melhoria significativa nas perspectivas para a economia do país. Além disso, a estimativa para 2025 também foi revisada para cima, passando de 2,3% para 2,4%.

Um dos fatores que contribuíram para essa revisão positiva foi a boa evolução do mercado de trabalho e as melhores condições de acesso ao crédito, que impulsionaram as vendas de bens e serviços às famílias, mantendo-se como o principal impulsionador da economia. Após um ano decepcionante em 2023, a demanda por bens de capitais também se destacou positivamente, potencializando a recuperação na indústria de transformação, mesmo que em um ritmo ainda modesto. No entanto, as exportações apresentaram alguma desaceleração, enquanto as importações seguem registrando expansão.

Apesar dos sinais positivos, algumas preocupações foram levantadas em relação ao segundo semestre deste ano. O Banco Central iniciou um ciclo de aumento da taxa de juros em setembro, e o impulso fiscal do governo tende a ser menor do que o anteriormente esperado. Além disso, a situação financeira das famílias pode ser impactada pela trajetória de alguns índices de preços, principalmente no setor de serviços, que têm se mostrado menos favoráveis. A inflação em 12 meses ainda apresenta uma tendência de desaceleração, mas o processo de desinflação pode ser mais lento do que o esperado, levando a uma expectativa de leve aceleração da inflação nos próximos meses.

Portanto, apesar dos desafios e incertezas, as perspectivas para o crescimento econômico do Brasil no curto e médio prazo estão mais otimistas, impulsionadas pelas melhorias no mercado de trabalho e no acesso ao crédito, que têm contribuído para impulsionar o consumo e a produção interna.

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