A condenação foi resultado de uma denúncia do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual, que acusou Edilson de obstrução de Justiça. Segundo os promotores, o empresário dificultou as investigações do crime, causando prejuízos à administração da Justiça e à busca da verdade real. Edilson teria recebido o carro dos executores do homicídio em março de 2018 e destruído o veículo, dificultando as investigações.
O juiz responsável pelo caso destacou que a ação de destruir o carro prejudicou as investigações, atrasando a identificação dos responsáveis pelo assassinato. A promotora de Justiça Fabíola Tardin Costa ressaltou que essa conduta é comum no mundo da milícia, onde a maioria dos crimes são cometidos com a utilização de veículos para facilitar a fuga dos criminosos.
A sentença foi proferida no mês de setembro e evidenciou a gravidade da conduta de Edilson, que contribuiu para a impunidade dos responsáveis pelo assassinato de Marielle e Anderson. A demora na identificação dos envolvidos, segundo o juiz, só foi possível devido à destruição do carro e à obstrução das investigações por parte do empresário.
O caso revela a complexidade e a gravidade dos crimes ligados à milícia no Rio de Janeiro, evidenciando a necessidade de combate efetivo a essas organizações criminosas. A condenação de Edilson Barbosa dos Santos é mais um passo na busca por justiça para as vítimas e suas famílias, que lutam por respostas e por um desfecho para esse trágico episódio que abalou o país.