Conselho de Segurança da ONU aprova extensão da missão no Haiti em meio à crise humanitária e controle de gangues armadas

Conselho de Segurança da ONU estende missão de ajuda ao Haiti

Por um ano, o Haiti continuará recebendo ajuda internacional para lidar com a profunda crise humanitária e a violência causada por gangues armadas. Nesta segunda-feira (30), o Conselho de Segurança da ONU aprovou a extensão da missão multinacional de ajuda à polícia do país caribenho.

As nações que compõem o conselho expressaram preocupação com a situação no Haiti, destacando a continuidade da violência, crimes e o deslocamento massivo de pessoas, mesmo após o início da operação de ajuda liderada pelo Quênia em junho. O plano original previa a participação de 2.000 integrantes das forças de segurança do Quênia, com o objetivo de desmantelar as organizações criminosas locais.

O Brasil, que comandou a Missão de Paz da ONU no Haiti anteriormente, desta vez não enviou tropas, mas se comprometeu a oferecer treinamento e transporte de forças policiais da região do Caribe para a ilha. Diferentemente da missão anterior, a atual não conta com capacetes azuis, forças de paz da ONU.

A decisão de estender a missão foi tomada apesar da oposição da Rússia e da China, que votaram contra a transformação da operação em uma força de paz da ONU. Os Estados Unidos apoiaram o pedido de mais envolvimento da ONU feito pelo chefe do conselho de transição do Haiti, mas foram rechaçados pelos votos contrários.

O presidente do Quênia, William Ruto, afirmou que a mobilização deve terminar em janeiro, com um total de 2.500 homens. Enquanto isso, a crise no Haiti persiste, com mais de 3.600 mortes causadas pela violência das gangues somente este ano.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU alertou que metade da população haitiana enfrenta fome aguda, com dois milhões em níveis emergenciais de fome. A situação no país caribenho continua grave, com desafios de segurança e alimentação para milhões de pessoas.

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