A oposição venezuelana denunciou neste domingo (29) o sequestro de dois membros da equipe de segurança da líder opositora María Corina Machado, incluindo seu chefe de segurança, que já havia sido preso antes das eleições presidenciais de 28 de julho.
Após a reeleição do ditador Nicolás Maduro para um terceiro mandato, considerada como fraude pela oposição, há uma onda de detenções de pessoas do círculo próximo de Corina.
“Maduro e seu regime cometem mais um crime. Dois homens honestos, pais de família —Milciades Ávila e Edwin Moya, cujo trabalho é proteger nossa segurança— foram sequestrados. Ambos cumpriram sua responsabilidade de forma exemplar, sempre conscientes do risco que isso implicava, diante de uma tirania que o mundo hoje qualifica como um sistema corrupto e criminoso”, escreveu María Corina em suas redes sociais.
Segundo o partido Vente Venezuela, fundado por María Corina, Ávila e Moya foram sequestrados neste fim de semana por membros das forças repressivas do regime. Até agora, o paradeiro de ambos é desconhecido, e não se sabe como ocorreram as detenções.
Ávila atuava como chefe de segurança de Machado, que vive escondida após denunciar fraude nas eleições presidenciais e reivindicar a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha desde 8 de setembro após uma ordem de prisão contra ele.
Este sequestro dos membros da equipe de segurança de María Corina Machado é mais um capítulo da repressão do regime de Nicolás Maduro contra a oposição venezuelana. A situação política no país segue tensa, com a comunidade internacional condenando as ações antidemocráticas do governo.
A violação dos direitos humanos e a perseguição aos opositores políticos têm sido recorrentes na Venezuela, retratando um cenário de autoritarismo e falta de liberdade de expressão. O sequestro de Ávila e Moya é mais uma prova do clima de insegurança e arbitrariedade que reina no país sul-americano.
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