Gabinete de novos ministros na França tem desafios à frente em meio a divergências políticas e escândalos ministros.

Anéis olímpicos são retirados da Torre Eiffel em Paris

No último dia 27, os icônicos anéis olímpicos foram removidos da Torre Eiffel, marcando o fim da trégua política durante os Jogos de Paris-2024. Esta ação simbólica antecede a abertura da primeira sessão da Assembleia Nacional, que ocorrerá na próxima terça-feira (1º) e contará com um discurso do recém-empossado primeiro-ministro, Michel Barnier, e seu novo ministério.

O gabinete formado por Barnier é caracterizado por incluir diversos desconhecidos, o que tem chamado a atenção da mídia. Com uma coalizão de centro-direita frágil, Barnier conseguiu montar um governo com o apoio de 240 deputados, 49 a menos que a maioria absoluta.

Os franceses agora enfrentam um cenário político dividido, com o Legislativo composto por três blocos distintos: esquerda, centro-direita e ultradireita, todos longe da maioria absoluta. Essa situação foi uma consequência das eleições convocadas inesperadamente em junho pelo presidente Emmanuel Macron.

O novo gabinete liderado por Barnier, um conservador tradicional, terá desafios pela frente, incluindo a aprovação do orçamento para 2025. O governo pretende reduzir o déficit público e a dívida do país, sem criar novos impostos para a população de baixa renda.

Além disso, a questão da imigração voltou a ganhar destaque na agenda política após um caso chocante em Paris. Um imigrante marroquino em situação irregular foi preso por um crime brutal, renovando os debates sobre políticas mais rígidas contra a imigração.

Nesta terça-feira, Barnier apresentará sua declaração de política geral diante do Parlamento, enquanto a oposição de esquerda considera propostas de censura ao governo. No entanto, até o momento, o maior partido de ultradireita decidiu apoiar o governo, garantindo a estabilidade a curto prazo.

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