A história da Linha Amarela: de projeto visionário a disputas legais – Um marco urbano com desafios e polêmicas persistentes.[embed]https://www.youtube.com/watch?v=nSJ4uU9Mj4U[/embed]

História da Linha Amarela: de projeto visionário a disputas legais

A cidade do Rio de Janeiro, assim como diversas metrópoles pelo mundo, está em constante evolução, o que demanda a realização de obras e reformas para melhorar a mobilidade urbana. A Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, é um exemplo claro dessa evolução. Apesar de ser uma construção relativamente recente, essa via tem uma história rica que merece ser contada.

Nos anos 1960, durante o governo de Carlos Lacerda, o urbanista grego Constantínos Apóstolos Doxiádis elaborou um projeto inovador conhecido como “linhas policromáticas”, com a intenção de criar um metrô que ligasse o bairro do Méier à Barra da Tijuca. No entanto, o projeto original de um metrô foi adaptado ao longo dos anos, e em dezembro de 1994, durante a gestão de Cesar Maia, a construção da Linha Amarela teve início, após superar resistências de proprietários e inquilinos que precisaram ser desapropriados.

As obras da Linha Amarela duraram quase três anos e foram divididas em três lotes, sendo o segundo o mais desafiador devido à necessidade de perfuração do maciço da Serra dos Pretos-Forros para a construção do Túnel da Covanca, um dos maiores túneis urbanos do mundo.

Após sua inauguração em 1997, a Linha Amarela enfrentou desafios, como engarrafamentos frequentes, que levaram a modificações estruturais para melhorar o fluxo de veículos. Atualmente, a via expressa tem 25 km de extensão e é administrada pela concessionária LAMSA.

Disputas legais e controvérsias

Em dezembro de 2018, o então prefeito Marcelo Crivella suspendeu a cobrança do pedágio no sentido Fundão da Linha Amarela, o que gerou uma série de polêmicas e ações judiciais. Acusações de superfaturamento e irregularidades nos contratos levaram a disputas judiciais sobre a concessão da via, envolvendo a prefeitura e a LAMSA.

Em outubro de 2019, Crivella determinou a encampação da Linha Amarela, seguida por ações legais e reviravoltas que culminaram na retomada da concessão pela LAMSA. Em janeiro de 2021, no governo de Eduardo Paes, novas negociações foram realizadas para reduzir o valor do pedágio, mas sem acordo. Posteriormente, a concessão foi novamente retomada pela LAMSA após decisões judiciais.

Cassação da concessão

Em setembro de 2021, Eduardo Paes anunciou a cassação da concessão da LAMSA após identificar superfaturamento nas obras, o que resultou na necessidade de uma nova licitação para definir uma nova concessionária responsável pela Linha Amarela.

Apesar das controvérsias e disputas legais, a Linha Amarela é uma importante via expressa da cidade do Rio de Janeiro, que contribui para a mobilidade urbana e o desenvolvimento da região. A expectativa é que a definição de uma nova concessionária e a realização de obras de melhoria garantam um melhor funcionamento da via e atendam às necessidades da população.

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