Juiz determina que série ‘Bebê Rena’ errou ao afirmar ser uma história real, abrindo caminho para possível processo por difamação

Um juiz determinou, nesta sexta-feira (27), que a série “Bebê Rena” errou ao dizer ao público que era uma história real. A determinação, agora, abre caminho para que Fiona Harvey, a personagem Martha da vida real, entre na Justiça com um pedido de difamação contra a Netflix.

Na última edição do Emmy, a série foi premiada como a melhor minissérie do ano. Inspirada na vida de Richard Gadd, seu criador e protagonista, a trama se baseia em sua experiência sendo stalkeado por Harvey.

Harvey entrou na Justiça contestando a veracidade dos acontecimentos mostrados na série, alegando que nunca assediou Gadd sexualmente e nunca foi presa, como retratado no episódio final.

Em julho, a Netflix tentou defender-se alegando que Harvey realmente stalkeou Gadd por anos, chegando a tocá-lo de forma inadequada em diversas ocasiões. A polícia teria até emitido uma advertência por perseguição.

O juiz Gary Klausner observou que a abertura da série com a frase “esta é uma história real” aumentou a polêmica, pois o comportamento atribuído a Harvey (Martha) era mais grave do que os casos reais envolvendo ela e Gadd. Klausner enfatizou a diferença entre perseguir alguém e ser condenado por perseguição, assim como entre tocar de forma inapropriada e assédio sexual.

Apesar de recusar alguns dos pedidos de Harvey, como reparações por negligência e violação de imagem, o juiz permitiu que ela entre com uma ação por sofrimento emocional.

Usuários de redes sociais rapidamente associaram Harvey à personagem da série, Martha, desencadeando uma onda de mensagens negativas.

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