Anvisa mantém proibição de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde por tempo indeterminado, após caso de morte em clínica

Anvisa mantém proibição de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição da importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde. A medida, divulgada no Diário Oficial da União, visa garantir a segurança dos pacientes e profissionais da área da saúde e tem caráter preventivo por tempo indeterminado.

O fenol é uma substância química cáustica frequentemente utilizada por dermatologistas em peelings químicos profundos para tratamento de rugas, manchas na pele e cicatrizes. Após análise de evidências científicas e informações de entidades de classe e associações da área de saúde, a Anvisa decidiu manter a proibição, que já havia sido decretada temporariamente em junho.

A polêmica em torno do uso do fenol em procedimentos estéticos ganhou destaque após a morte do empresário Henrique da Silva Chagas, 27 anos, em uma clínica de estética em São Paulo. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória decorrente do peeling de fenol, chamando a atenção para os riscos associados a essa prática.

Produtos autorizados e exceções

Apesar da proibição, a Anvisa ressaltou que produtos contendo fenol em sua formulação e regularizados junto ao órgão continuam autorizados para uso em laboratórios analíticos e de análises clínicas. Alguns exemplos desses produtos incluem o medicamento dordente (Hearst Laboratórios) e dispositivos médicos como Paramonoclorofenol canforado (Maquira Indústria de Produtos Odontológicos).

Vale destacar que não existe nenhum produto à base de fenol regularizado pela Anvisa para procedimentos de peeling, reforçando a importância da proibição para a segurança dos pacientes.

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