Eleições Recife: Oposição à direita adapta discurso para atacar João Campos

A oposição à direita no Recife está adaptando o discurso em relação a eleições anteriores para tentar atingir o prefeito e candidato à reeleição João Campos (PSB). Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada recentemente, Campos lidera a disputa com ampla vantagem, com 76% das intenções de voto, enquanto seus principais adversários, Gilson Machado (PL) e Daniel Coelho (PSD), registram apenas 9% e 5%, respectivamente. Com esses números, a eleição pode ser decidida já no primeiro turno.

Os opositores têm usado o ano de 2013 como ponto de partida para suas críticas à gestão de Campos, mencionando os problemas enfrentados pela capital pernambucana. Antes, ambos eram críticos à atuação do PT, que governou a cidade de 2001 a 2012.

Entretanto, a estratégia adotada pela oposição tem encontrado resistência devido à alta rejeição aos seus padrinhos políticos. Pesquisas revelam que a maioria dos eleitores não votariam em candidatos apoiados por figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a governadora Raquel Lyra (PSDB).

O PT governou o Recife por três mandatos seguidos até 2012, quando iniciou a era do PSB na cidade, com Geraldo Julio e agora João Campos. Nas eleições de 2020, a candidata apoiada por Daniel, a delegada Patrícia Domingos, também fazia críticas ao longo tempo do PT e PSB no poder.

Em entrevistas, Daniel Coelho tem feito acenos ao PT, mesmo sendo oposição aos governos petistas no passado. Ele destacou em uma entrevista ao Diário de Pernambuco que a cidade regrediu nos 12 anos de João Campos e Geraldo Julio, mencionando problemas na habitação, na política de proteção de morros e no sistema de saúde.

Por sua vez, Gilson Machado tem explorado as relações políticas de Campos com Geraldo Julio e Paulo Câmara, buscando atrair os eleitores insatisfeitos com a atual gestão. O candidato do PL tem chamado atenção para a “herança maldita” deixada pelas gestões anteriores.

Com a eleição se aproximando, as estratégias dos candidatos à direita no Recife ficam cada vez mais evidentes, buscando conquistar o apoio dos eleitores e reforçar suas críticas à gestão atual. O futuro político da capital pernambucana está em jogo, e a disputa promete ser acirrada até o último voto.