Dos 21 secretários da prefeitura, 13 já ajudaram a financiar a campanha. Entre os doadores do alto escalão estão os chefes da Defesa Civil, da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) e de três departamentos: DMAE (Água e Esgotos), DMLU (Limpeza Urbana) e PREVIMPA (Previdência dos Servidores).
As doações são legais. Embora exista um projeto de lei no Senado que propõe proibir doações de funcionários comissionados, a proposta ainda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. No entanto, a prática é incomum, já que outros 19 prefeitos de capitais não receberam doações de servidores municipais até o momento, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os prefeitos em busca de reeleição recebem poucas doações privadas. Comparado aos prefeitos de outras capitais, Melo, de Porto Alegre, obteve um número significativamente maior de doadores privados. No entanto, essas doações representam apenas 10% do total arrecadado, sendo a maior parte financiada pelo fundo eleitoral, como ocorre com os demais prefeitos.
Procurada pelo UOL, a equipe de Melo afirmou que “as doações de campanha são espontâneas e voluntárias”. A prefeitura de Porto Alegre não se manifestou até o momento em relação às doações dos secretários.
Mais de 75% das doações foram no mesmo valor
A maioria das doações foi no valor exato de R$ 1 mil. Dos 183 funcionários que contribuíram, 76,7% realizaram repasses de R$ 1 mil, apesar de haver variações nos valores das doações, com mínimas de R$ 345 e máximas de R$ 10 mil.
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