De acordo com informações da PF, a organização desarticulada na Operação Mercado de Dados era formada por hackers que invadiam o banco de dados do INSS e vendiam as informações obtidas para terceiros. Esses dados eram utilizados de diversas maneiras, desde consultas até a realização de atividades criminosas, como a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.
A atuação dos criminosos contava com a colaboração de servidores do próprio INSS, que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas. Nesse sentido, a operação também teve como alvo três servidores e um estagiário do órgão previdenciário.
Os mandados foram cumpridos em nove estados, dentre eles São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná e Bahia. Os envolvidos no esquema poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos, além de lavagem de dinheiro.
Além das prisões e das buscas, a Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos membros da quadrilha, bem como o bloqueio de saldos em contas bancárias dos investigados, totalizando um montante de R$ 34 milhões.
Essa operação demonstra o compromisso das autoridades em combater atividades criminosas que afetam diretamente a segurança e a proteção de dados de indivíduos. A atuação conjunta entre a Polícia Federal e a Justiça Federal foi fundamental para desarticular essa organização criminosa e evitar prejuízos ainda maiores aos beneficiários do INSS.