PF desarticula organização criminosa que fraudava dados do INSS em operação que resultou em 17 prisões e apreensão de R$34 milhões.

Nesta última quinta-feira (26), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que resultou na prisão de 17 pessoas em oito estados e no Distrito Federal, além da realização de 29 mandados de busca e apreensão. A ação tinha como objetivo desmantelar uma organização criminosa que operava de maneira fraudulenta, obtendo dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com informações da PF, a organização desarticulada na Operação Mercado de Dados era formada por hackers que invadiam o banco de dados do INSS e vendiam as informações obtidas para terceiros. Esses dados eram utilizados de diversas maneiras, desde consultas até a realização de atividades criminosas, como a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

A atuação dos criminosos contava com a colaboração de servidores do próprio INSS, que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas. Nesse sentido, a operação também teve como alvo três servidores e um estagiário do órgão previdenciário.

Os mandados foram cumpridos em nove estados, dentre eles São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná e Bahia. Os envolvidos no esquema poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos, além de lavagem de dinheiro.

Além das prisões e das buscas, a Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos membros da quadrilha, bem como o bloqueio de saldos em contas bancárias dos investigados, totalizando um montante de R$ 34 milhões.

Essa operação demonstra o compromisso das autoridades em combater atividades criminosas que afetam diretamente a segurança e a proteção de dados de indivíduos. A atuação conjunta entre a Polícia Federal e a Justiça Federal foi fundamental para desarticular essa organização criminosa e evitar prejuízos ainda maiores aos beneficiários do INSS.

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