A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Segundo a denúncia apresentada pelo Gaeco, os policiais investigados atuavam como informantes de um grupo criminoso na Comunidade Bateau Mouche, localizada no bairro da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Eles foram acusados de associação criminosa para práticas como milícia, extorsão, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva. A ação desta quinta-feira faz parte da segunda fase da Operação Naufrágio, que contou com o suporte da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.
Os relatórios da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil revelaram que os policiais denunciados repassavam informações privilegiadas à milícia, como locais específicos para incursões e detalhes de trajetos para evitar erros na comunidade. Além disso, eles foram acusados de negociar a venda de armas e munições e de atuar como motoristas dos milicianos em deslocamentos entre diversas comunidades da região.
A pedido do Gaeco, o Juízo da Auditoria da Justiça Militar determinou a suspensão imediata do exercício da função pública dos denunciados, assim como a suspensão do porte de armmas de fogo. Os mandados estão sendo cumpridos nos endereços dos envolvidos, além dos batalhões em que os policiais estão atualmente lotados em diferentes áreas do Rio de Janeiro.
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