Estratégia do PL de pulverizar candidaturas de oposição não surte efeito esperado para frear a reeleição de Eduardo Paes no Rio

Análise da estratégia política no Rio de Janeiro

No cenário político atual do Rio de Janeiro, a estratégia do Partido Liberal (PL) de lançar candidaturas de oposição ao prefeito Eduardo Paes (PSD) visando a reeleição ainda não obteve os resultados esperados. Nomes como Rodrigo Amorim (União Brasil) e Marcelo Queiroz (PP), vistos como auxiliares do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), enfrentam desafios para avançar e forçar um segundo turno.

Na fase pré-eleitoral, o PL incentivou as candidaturas de Amorim e Queiroz para atrair eleitores com diferentes perfis em relação ao prefeito. A ideia era desidratar a reeleição de Paes no primeiro turno. No entanto, até o momento, ambos não conseguiram ultrapassar os dois pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto do Datafolha.

Enquanto Paes mantém 59% das intenções de voto, Ramagem alcançou 17%, indicando um crescimento constante desde as primeiras pesquisas. A dúvida persiste se ele será capaz de levar a disputa para o segundo turno sem uma melhora no desempenho dos demais adversários.

O candidato do PL possui 3min28s de tempo de televisão no horário eleitoral, dois segundos a mais que Paes. A possibilidade de uma coligação com partidos como União Brasil e PP permitiria ampliar esse tempo, porém as candidaturas auxiliares tomaram rumos independentes durante o período eleitoral.

Queiroz, por exemplo, adotou uma postura antipolarização e criticou tanto o ex-presidente Lula quanto o presidente Bolsonaro. Enquanto isso, Amorim se envolveu em situações de confronto para atrair eleitores descontentes com a falta de posicionamento claro de Ramagem em relação à esquerda.

Apesar das estratégias traçadas antes da campanha, a falta de debates no Rio de Janeiro tem sido um obstáculo para candidatos fora do polo Paes-Ramagem. Enquanto São Paulo terá 11 debates, no Rio estão previstos apenas três. A não realização de um debate pela TV Record, com sua influência no eleitorado evangélico, gerou controvérsias entre os candidatos.

Em meio a essas questões, a campanha eleitoral no Rio de Janeiro segue sem apresentar um aquecimento significativo. Muitas incertezas pairam sobre o cenário político do estado, especialmente em relação à possibilidade de um segundo turno e à capacidade dos candidatos de atrair diferentes segmentos da população.

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