PMs invadem adega em Ribeirão Preto, SP, e agridem clientes desarmados; Corregedoria investiga o caso, informa Fantástico.

PMs invadem adega e agridem clientes em Ribeirão Preto

No último domingo (15), policiais militares invadiram uma adega na cidade de Ribeirão Preto (SP) e agrediram clientes e os donos do estabelecimento, que estavam desarmados e não reagiram. O episódio chocante veio à tona graças a uma reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo.

Os PMs envolvidos foram prontamente afastados do trabalho nas ruas, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

De acordo com as informações apresentadas, a invasão ocorreu após a Polícia Militar ser chamada para conter uma grande aglomeração de pessoas na rua do bairro Ribeirão Preto, onde estava acontecendo um baile funk com música alta. Os vizinhos reclamaram do barulho, o que motivou a intervenção policial.

Imagens das câmeras de segurança mostram que, ao chegar no local, os PMs lançaram bombas de gás para dispersar a multidão. Diante da situação, o dono da adega decidiu fechar o estabelecimento, por medo da agressividade dos policiais que estavam do lado de fora.

Diante da resistência, os PMs arrombaram as portas e invadiram o local. As imagens evidenciam as agressões contra os presentes, com clientes e familiares sendo atingidos pelos cassetetes dos policiais, sem que houvesse qualquer provocação por parte das vítimas.

Entre os relatos mais chocantes, destaca-se o caso de um cliente que foi agredido com 17 golpes de cassetete por dois policiais. O dono da adega também sofreu violência, sendo espancado na frente de seus filhos, inclusive de uma filha que desmaiou ao presenciar a cena.

A ação foi registrada pelas câmeras de segurança, mas o proprietário afirmou que as piores agressões ocorreram em locais sem monitoramento. A situação só cessou quando os agressores perceberam a presença das câmeras.

O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, enquanto a SSP se pronunciou afirmando que os agentes envolvidos foram remanejados para funções administrativas e que não tolera excessos, punindo com rigor as irregularidades comprovadas.

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