Governo de Lula mostra mobilização para combater incêndios, mas ações se limitam a ciranda da alta burocracia

Nas últimas duas semanas, o ex-presidente Lula demonstrou a mobilização do governo para lidar com os incêndios e as queimadas que assolam o país. Em Manaus, ele anunciou a criação de uma Autoridade Climática como medida para enfrentar a crise ambiental. Já em Brasília, Lula se reuniu com autoridades importantes, incluindo o presidente do Supremo Tribunal, do STJ, do TCU, do Senado e da Câmara, admitindo que o governo não estava totalmente preparado para lidar com a situação.

No entanto, as ações parecem mais encenação do que efetividade. A Autoridade Climática prometida ainda não saiu do papel e a reunião em Brasília resultou apenas em uma movimentação de carros oficiais, sem avanços concretos. Além disso, no dia seguinte, Lula não se reuniu com os governadores, figuras-chave na tomada de decisões eficazes.

O jornalista Bruno Boghossian destacou a criação de uma “ciranda da alta burocracia”, onde o governo organiza reuniões e eventos sem efetivamente resolver os problemas. Essa mentalidade ficou evidente na instalação de uma sala de situação para tratar da seca e dos incêndios, seguida pela declaração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, garantindo que estavam prontos para agir.

No entanto, a essência do problema permanece: a ineficácia da burocracia em produzir ações reais. Se antes o destaque era para a cloroquina na pandemia, agora, na crise climática, observa-se a crença de que simples eventos e discursos são suficientes. O governo precisa ir além das palavras e demonstrar ações concretas para resolver os problemas enfrentados pelo país.

O bode foi dispensado

O Banco Central elevou a taxa de juros para 10,75%, e o presidente Roberto Campos Neto não foi alvo dos ataques que anteriormente vinha sofrendo. A decisão unânime contou com o voto de Gabriel Galípolo, futuro presidente do banco, mostrando certa estabilidade nas decisões econômicas.

Lalo de Almeida

A crise ambiental evidenciou o talento do fotógrafo Lalo de Almeida, que em suas imagens traz à tona a poesia dramática presente na destruição causada pelas queimadas. Assim como Sebastião Salgado foi notabilizado pelos registros em Serra Pelada, Lalo de Almeida destaca-se pelo olhar sensível sobre a realidade impactante da Amazônia.

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