Disputa eleitoral em cidade da Bahia reflete rivalidade histórica entre grupos políticos locais em clima de festa e paixão partidária intensa.

Disputa eleitoral em Campo Formoso: rivalidade histórica divide a cidade

A movimentação intensa nas ruas de Campo Formoso, cidade do norte da Bahia, na noite de uma quarta-feira, evidencia a polarização política que marca a disputa eleitoral no município. Motocicletas envenenadas aceleram pelas vias, acompanhadas por jovens empunhando bandeiras dos candidatos. Mãe e filha operam uma mesa de som em cima de uma camionete, tocando jingles em volume máximo. Este cenário faz parte do clima fervoroso que toma conta das ruas centrais da cidade, onde grupos seguem os candidatos Elmo Nascimento (União Brasil) e Denise Menezes (PSD).

A rivalidade entre os apoiadores dos dois candidatos reflete uma história de mais de 50 anos de disputas políticas entre os grupos Boca Branca, liderado por Elmar Nascimento, e Boca Preta, comandado por Adolfo Menezes. A cidade se divide em cores, com o azul da campanha de Elmo e o laranja que representa Denise, em uma batalha que vai além de propostas e gestões, envolvendo questões familiares e históricas.

Os eventos de campanha são como verdadeiras festas, com caminhadas, carreatas e comícios diários. As ruas se enchem de eleitores fanáticos, que veem a política como uma paixão que ultrapassa a razão. A rivalidade política em Campo Formoso se assemelha a um campeonato de futebol, com torcidas nas ruas, provocações e apostas entre os aliados dos candidatos.

Essa dinâmica eleitoral se repete em diversas cidades do interior da Bahia, onde as tradições políticas e as rivalidades se sobrepõem às propostas dos candidatos. Contudo, os eleitores mais jovens têm demonstrado uma maior abertura para novas referências políticas, que vão além dos grupos tradicionais.

Com as eleições se aproximando, a cidade de Campo Formoso se prepara para definir seu futuro político, em meio a uma disputa marcada pela paixão, rivalidade e história que envolvem os grupos Boca Branca e Boca Preta. A polarização eleitoral se mantém viva, enquanto os eleitores se preparam para escolher seu lado nessa batalha que vai além das urnas.

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