Presidente da Ucrânia critica plano de paz Brasil-China, afirmando ser vago e esconder intenções, durante visita aos EUA de Zelenski.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, fez duras críticas à iniciativa conjunta do Brasil e da China de apresentar uma proposta de paz para a guerra no Leste Europeu, durante uma declaração nesta sexta-feira (20). Ele questionou a efetividade do plano, alegando que há algo oculto por trás dessa proposta.

O acordo firmado pelos dois países em maio, com a presença do assessor internacional do ex-presidente Lula, Celso Amorim, e do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, contém seis pontos para buscar a paz na região, como a realização de uma conferência reconhecida pela Rússia e Ucrânia, e a criação de zonas de segurança.

O presidente ucraniano mostrou desconfiança em relação às intenções de Brasil e China, afirmando que a falta de ações concretas e etapas específicas no plano gera uma sensação de generalização que esconde algo por trás. Além disso, Ucrânia, União Europeia e EUA criticaram o acordo, alegando que poderia beneficiar a Rússia e permitir anexações de territórios ocupados.

Em meio a essas críticas, está prevista uma reunião entre Brasil, China e outros 19 países do Sul Global para discutir o plano de paz após a Assembleia-Geral da ONU, com convidados como Arábia Saudita, Egito e África do Sul. No entanto, a expectativa em relação à efetividade dessa proposta permanece incerta.

Zelenski também planeja uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, onde pretende apresentar seu “plano de vitória” e pedir por mais apoio militar para enfrentar a Rússia. O presidente ucraniano busca uma “paz justa” e acredita que os ataques diretos ao território russo são essenciais para garantir a segurança de seu país.

Apesar da pressão dos aliados ocidentais, como os EUA e Reino Unido, em fornecer armamentos para a Ucrânia, há certa hesitação em autorizar o uso dessas armas contra a Rússia, levando as tensões na região a um patamar delicado.

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