Milhões de brasileiros com deficiência lutam diariamente contra o capacitismo: preconceito que precisa ser combatido com urgência no Brasil.

População com Deficiência no Brasil

A população com deficiência no Brasil é de 18,6 milhões de pessoas com dois anos ou mais, segundo a Pnad Contínua 2022, feita pelo IBGE. São milhões de cidadãos que produzem, consomem, pagam impostos, mas ainda precisam lutar diariamente contra o capacitismo —preconceito contra pessoas com deficiência.

O termo, difundido nos Estados Unidos na década de 1980, ainda soa como novidade no Brasil. Porém, nas redes sociais, influenciadores têm popularizado o conceito, ao mesmo tempo que denunciam práticas capacitistas do dia a dia.

Apesar de legislações garantirem direitos às pessoas com deficiência, é necessário avançar na prática, inclusive em relação a expressões linguísticas comumente usadas e que se tornam microagressões para quem as recebe.

O interesse pelo termo capacitismo é recente também no Google. Dados do Trends mostram que as buscas pela palavra começaram a crescer em 2020. A curiosidade foi atiçada quando viralizou um vídeo da atriz Regina Casé explicando frases capacitistas que sua filha, Benedita, recebe por ser surda. O vídeo no seu Instagram soma quase 2,3 milhões de visualizações.

Expressões e Comentários Capacitistas para Deixar de Usar

  • Que mancada
  • João sem braço
  • Fingir demência
  • Está mal das pernas
  • Igual cego em tiroteio
  • Retardado
  • Parece que é cego
  • Colocar o projeto de pé
  • Se fazer de surdo
  • Aleijado
  • Você é um exemplo de superação
  • Você é uma inspiração
  • É tão bonito (a), nem parece que tem deficiência

Também Evite Essas Atitudes

  • Minimizar, infantilizar, chamar a pessoa no diminutivo, que fofo, por exemplo
  • Se não convive com a pessoa não pergunte o que aconteceu com ela
  • Chamar alguém de anão é pejorativo. O correto é pessoa com nanismo
  • Não existe pessoa com necessidade especiais, mas pessoa com deficiência

Colaborou Vitória Pereira, de São Paulo

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