Governo dos EUA e da Argentina organizam reunião sobre crise na Venezuela na ONU em resposta à deriva autoritária do chavismo.

Reunião na ONU discute crise na Venezuela

No próximo dia 26, em Nova York, os governos dos Estados Unidos e da Argentina estarão organizando uma reunião na Organização das Nações Unidas para discutir a situação na Venezuela, em paralelo à Assembleia-Geral da entidade. Esta iniciativa demonstra a falta de coordenação dos países das Américas diante da deriva autoritária do chavismo desde as eleições de 28 de julho.

O chanceler do governo Lula (PT), Mauro Vieira, recebeu convite para participar do encontro, porém não deve comparecer. Além disso, não está prevista a presença de representantes brasileiros na reunião.

O objetivo do encontro é promover discussões entre ministros das Relações Exteriores sobre temas relacionados à crise venezuelana, incluindo a participação da ditadura chavista em fóruns internacionais. Outro assunto abordado será as violações às convenções sobre asilo diplomático, em referência à embaixada da Argentina em Caracas, que tem recebido proteção diplomática do Brasil.

A situação na Venezuela se agravou após as eleições de julho, com questionamentos sobre a legitimidade do resultado. A iniciativa conjunta entre Washington e Buenos Aires busca articular uma resposta regional à crise venezuelana.

O ultraliberal Javier Milei é um crítico ferrenho de Maduro e o acusou de fraude eleitoral. Recentemente, a Procuradoria da Venezuela anunciou que solicitaria um mandado de prisão contra o presidente argentino.

A ação diplomática do governo Lula, que vinha tentando articular uma resposta com outros países da região, até o momento não obteve sucesso. Brasil, Colômbia e México publicaram notas sobre os acontecimentos na Venezuela, porém a falta de moderação por parte de Maduro prejudicou a continuidade dessas ações.

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