A desocupação do Pavilhão João Lyra Filho, localizado no Maracanã, zona norte do Rio, foi realizada pela tropa de choque da Polícia Militar, seguindo uma determinação judicial. A reitoria da Uerj informou que o prédio será avaliado na próxima segunda-feira (23) para identificar possíveis danos e necessidade de reparos.
O deputado estadual Flavio Serafini, presidente da executiva estadual do PSOL/RJ, criticou a postura da universidade diante do ocorrido. Ele ressaltou a importância de ouvir e respeitar a luta dos alunos pelos seus direitos, condenando qualquer forma de repressão.
Durante a desocupação, um policial ficou ferido ao manusear um artefato explosivo da própria corporação e precisou ser encaminhado para o hospital. O coronel André Matias, do Comando de Operações Especiais (COE), explicou que Glauber Braga foi detido por atrapalhar o cumprimento do mandado judicial e que a Uerj já estava totalmente desocupada.
A ocupação da Uerj teve início em julho como forma de protesto contra mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Os estudantes exigem a revogação de medidas que limitam o acesso a benefícios como auxílio-alimentação e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social, com critérios de renda familiar estabelecidos.
A Polícia Civil está conduzindo as investigações sobre o descumprimento da decisão judicial, tendo ouvido os envolvidos como testemunhas e seguindo com diligências para esclarecer todos os fatos. A universidade informou que o campus Maracanã permanecerá fechado temporariamente para avaliação dos danos, sem previsão de retorno das aulas.
Diante dos acontecimentos, a sociedade aguarda por respostas e soluções que promovam o diálogo e o respeito aos direitos dos estudantes e demais envolvidos nesse episódio lamentável. A atenção está voltada para a busca de uma conclusão que atenda às demandas e necessidades da comunidade acadêmica da Uerj.
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