Estudos recentes apontam que mesmo mulheres adultas que já contraíram HPV podem se beneficiar da vacina. Isso porque existem mais de 200 subtipos do vírus, sendo quatro deles os principais responsáveis por causar câncer em diversas regiões do corpo. Portanto, mesmo que uma pessoa já tenha sido infectada por um subtipo, a vacinação pode proteger contra outros subtipos, reduzindo o risco de novas infecções ao longo da vida.
Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, destacou a importância da vacinação contra o HPV, especialmente considerando as mudanças no comportamento da população brasileira. Com o adiamento do casamento, aumento do número de parceiros sexuais e pico de divórcios entre mulheres de 30 a 49 anos, o risco de novas infecções por HPV na vida adulta também aumenta.
Mônica também ressaltou que a vacinação contra o HPV pode reduzir as chances de recidiva em pessoas que já trataram lesões causadas pelo vírus. Ela citou o exemplo do Uruguai, que passou a oferecer a vacina gratuitamente para pacientes que já tiveram lesões causadas pelo HPV. Estudos demonstram que a eficácia da vacina é duradoura, chegando a mais de dez anos em mulheres entre 27 e 45 anos.
Em resumo, a vacina contra o HPV é segura, eficaz e pode beneficiar mulheres adultas, reduzindo o risco de novas infecções, protegendo contra diferentes subtipos do vírus e prevenindo recidivas pós-tratamento de lesões. É importante que a população esteja ciente dos benefícios da vacinação e busque se imunizar, conforme as recomendações dos órgãos de saúde.
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