Governo federal planeja criação de centro integrado de informações para fortalecer a segurança pública no Brasil, afirma secretário nacional.

O governo federal está planejando a criação de um centro integrado de informações para as forças policiais regionais, com o objetivo de facilitar a troca de dados entre os diferentes estados, Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Essa iniciativa foi revelada pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, durante um seminário realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) na última sexta-feira (20).

Sarrubbo ressaltou que a proposta visa abordar a segurança pública de maneira conjunta e horizontal, visando aumentar a transparência e a eficácia das ações policiais em todo o Brasil. De acordo com o secretário, a inteligência é fundamental para o sucesso na área da segurança e é preciso dificultar as atividades criminosas através da união das forças policiais em sistemas integrados com uma governança segura.

O evento, intitulado “Segurança Pública e Democracia”, organizado pela Comissão de Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns e pelo Instituto Vladimir Herzog, reuniu autoridades, especialistas e pesquisadores para discutir a segurança pública no âmbito democrático.

Em uma mesa de debate, o professor de Direito, jurista e escritor Gabriel Chalita abordou o tema do populismo autoritário, destacando a frase popular no Brasil que diz “bandido bom é bandido morto” e ressaltando a complexidade por trás dessa afirmação. Chalita enfatizou a importância de abordar a segurança pública de forma mais abrangente, envolvendo educação, cuidados desde a gestação e construção de uma sociedade mais inclusiva e pacífica a longo prazo.

O ex-ouvidor das Polícias e ex-secretário de Segurança Pública de Diadema, Benedito Mariano, também participou do evento e destacou a falta de uma política de segurança pública democrática no Brasil após mais de 40 anos de transição democrática. Mariano ressaltou a importância de reformas constitucionais e infraconstitucionais no sistema de segurança pública do país, considerando-o autoritário e desatualizado.

Em suma, o seminário evidenciou a necessidade de uma abordagem mais abrangente e integrada à segurança pública, envolvendo não apenas as forças policiais, mas também setores sociais, educacionais e culturais para promover uma sociedade mais segura e justa para todos os cidadãos brasileiros.

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