Discurso de Trump em conferência pró-Israel

No evento da conferência pró-Israel nos EUA, o ex-presidente Donald Trump fez declarações polêmicas em relação aos eleitores judeus. Durante seu discurso, Trump afirmou que, caso perca a eleição, os eleitores judeus terão grande responsabilidade nisso.

Trump reclamou do apoio relativamente baixo que recebeu dos eleitores judeus, subindo apenas de 24% para 29% entre 2016 e 2020. Ele se considera o “melhor presidente para Israel e para o povo judeu, de longe”, e defendeu suas ações, como o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.

Apesar do estranhamento da plateia, Trump prosseguiu criticando os eleitores judeus por não votarem nele em massa contra Joe Biden. Ele mencionou pesquisas que mostram seu apoio em torno de 40%, e afirmou que os votos dos eleitores judeus poderiam ser cruciais para sua vitória.

Essas declarações de Trump, que aludem à ideia de que judeus são desleais, são consideradas tipicamente antissemitas. No entanto, alguns presentes no evento, como um advogado de New Jersey, minimizaram as críticas do ex-presidente, afirmando que é apenas “o Trump sendo Trump”.

Trump também fez previsões alarmantes caso Kamala Harris seja eleita, sugerindo que Israel estaria em perigo. Além disso, ele prometeu reinstaurar a proibição de entrada nos EUA de cidadãos de países predominantemente muçulmanos.

Apesar de serem uma minoria nos EUA, os eleitores judeus têm relevância política, especialmente na Pensilvânia, estado pivotal nas eleições. Em 2020, Biden venceu o estado por uma margem estreita, e os votos dos eleitores judeus podem desempenhar um papel significativo.

Trump enfatizou sua postura pró-Israel e fez duras críticas a Kamala Harris, sugerindo que ela seria prejudicial aos interesses de Israel. Suas declarações, embora controversas, refletem sua abordagem firme em relação ao Oriente Médio e à política externa.