O sucesso da Bienal do Livro e a transformação nos hábitos de consumo

A cidade de São Paulo foi palco de um dos eventos literários mais aguardados do ano, a Bienal do Livro, que reuniu um público recorde de 722 mil pessoas ao longo de dez dias. A pergunta que fica no ar é: onde estão todos esses leitores durante o resto do ano?

O clima de comemoração entre os livreiros contrasta com a situação geral do mercado editorial. Segundo a consultoria Nielsen, o setor teve um crescimento de 7% na receita nos primeiros seis meses de 2024, mas a quantidade de livros vendidos caiu em 4%. O atraso nas compras governamentais é um dos fatores que contribui para esse panorama alarmante.

Mariana Bueno, coordenadora na Nielsen, destaca que, atualmente, muitas redes de livrarias estão investindo em expansão, mas essa mudança leva tempo. A venda online é mais comum para buscas ativas, enquanto a compra presencial favorece a descoberta de novos lançamentos.

O crescimento da Bienal do Livro reflete uma transformação nos hábitos de consumo. Cassiano Elek Machado, diretor do grupo Record, aponta a mudança do sistema de livrarias tradicionais para o comércio eletrônico, onde o contato direto com o livro é substituído pela praticidade da compra online.

O evento tem atraído cada vez mais o público jovem, que se organiza em grupos para ver seus ídolos, participar de workshops e conferências. A presença de influenciadores digitais também tem sido um chamariz importante, mostrando a força do meio digital na promoção da leitura.

Conclusão

A Bienal do Livro se destaca como um espaço de encontro e descobertas para os amantes da literatura, ampliando o leque de leituras e proporcionando novas experiências. A transformação nos hábitos de consumo impulsiona a indústria editorial a buscar novas formas de alcançar o público, especialmente os jovens, que representam o futuro do leitorado.

Fonte: Adaptado do texto original para a criação deste artigo.