Após alta de juros no Brasil e redução nos EUA, dólar se aproxima de R$ 5,40 e bolsa cai pelo terceiro dia consecutivo

No dia seguinte à alta da taxa de juros no Brasil e à redução das taxas nos Estados Unidos, o mercado financeiro reagiu com a queda do dólar e da bolsa de valores. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,424, registrando uma queda de 0,7%. Esta é a menor cotação da moeda norte-americana em um mês, desde 19 de agosto. Apesar disso, a divisa acumula uma alta de 11,76% no ano de 2024.

A redução do dólar está diretamente relacionada ao aumento dos juros no Brasil, que tende a atrair investidores estrangeiros em busca de maiores rentabilidades. Já a queda da bolsa de valores, representada pelo índice Ibovespa, que fechou em 133.123 pontos, reflete a cautela dos investidores diante das mudanças nas políticas monetárias dos dois países. Enquanto ações de petroleiras e mineradoras tiveram alta, empresas ligadas ao consumo sofreram impacto negativo devido às expectativas de mudanças na política de juros do Banco Central brasileiro.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve surpreendeu ao reduzir as taxas de juros em 0,5 ponto percentual, pela primeira vez desde 2020. Essa medida visa estimular a economia americana e pode direcionar investimentos para países emergentes, como o Brasil. Por outro lado, o Copom elevou a taxa Selic de 10,5% para 10,75% ao ano, indicando uma postura mais agressiva para conter a inflação.

O aumento da diferença entre os juros brasileiros e norte-americanos favorece a queda do dólar, pois atrai investidores estrangeiros em busca de maiores rendimentos. No entanto, as altas taxas de juros no Brasil desestimulam investimentos na bolsa de valores, favorecendo aplicações em renda fixa. A expectativa de novas altas de juros pelas autoridades monetárias brasileiras pode impactar ainda mais o mercado financeiro nas próximas semanas, conforme sugerem analistas de mercado.

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