São Paulo em alerta máximo: estrutura de combate a incêndios florestais sob pressão após um mês de recordes de pontos de fogo.

São Paulo enfrenta desafios no combate a incêndios florestais

No último mês, São Paulo tem enfrentado uma série de incêndios florestais que colocaram à prova a estrutura de combate do estado. Mesmo com o alívio temporário de uma frente fria, os registros de pontos de fogo continuam batendo recordes, exigindo a adoção de um modelo de força-tarefa no uso de efetivo e equipamentos.

De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, mais de 15 mil agentes estão em campo envolvidos nos combates, sendo a maioria composta por brigadistas voluntários, agentes de empresas agrícolas e do Departamento de Estradas de Rodagem. Além disso, há um contingente de bombeiros militares, agentes de Defesa Civil e brigadistas da Fundação Florestal de SP atuando ativamente.

Em termos de equipamentos, são utilizados 2.500 veículos terrestres, 29 helicópteros da Polícia Militar e oito aviões. Na primeira quinzena de setembro, foram realizadas mais de 520 horas de voo, com 2,4 milhões de litros de água utilizados para combater as chamas e aproximadamente 20 aeronaves em operação, atendendo 63 cidades no total.

Uma das novidades desta temporada é a integração de diferentes setores no gabinete de crise, onde recursos são alocados de forma estratégica para combater os incêndios em diversas áreas. Além disso, o governo estadual disponibilizou vagas de Diárias Especiais para remunerar o trabalho dos bombeiros, reforçando o apoio às operações.

Apesar dos esforços, o estado ainda enfrenta desafios com o clima seco e a previsão de novos focos de incêndio. A importação de retardantes químicos de fogo é uma das medidas estudadas para conter a propagação das chamas.

O presidente Lula também destacou a falta de preparo do país para lidar com a crise dos incêndios, ressaltando a necessidade de medidas urgentes para enfrentar essa situação.

Segundo especialistas, é fundamental que o estado de São Paulo invista de forma permanente em equipamentos e treinamento para a prevenção e combate a incêndios, visando uma proteção mais eficaz contra futuras ocorrências. A cultura de prevenção ainda é incipiente no Brasil, mas medidas como a criação de gabinetes de crise são essenciais para organizar e otimizar os recursos disponíveis.

Apesar dos desafios, o trabalho integrado das equipes de combate tem conseguido conter o avanço das chamas e proteger as áreas afetadas. A atuação conjunta de bombeiros, brigadistas e voluntários tem sido fundamental para minimizar os impactos dos incêndios e garantir a segurança da população.

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