Sem apresentar provas, Marçal tem associado Boulos ao uso de cocaína em debates, vídeos nas redes sociais e atos de campanha
Desde o início da campanha eleitoral, o deputado federal já teve sete direitos de respostas publicados nas redes sociais de Marçal, após decisões judiciais. No fim de agosto, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que Marçal se baseou no caso de um homônimo de Guilherme Boulos que foi alvo de uma ação sobre posse de drogas, sem qualquer relação com o candidato do PSOL.
Nos últimos vídeos, Boulos adota tom descontraído, sem mencionar acusações de Marçal. “Ele tá descontrolado (…) Essa obsessão de Pablo Marçal por mim, nem Freud explica. É descontrole”, diz Boulos em uma das gravações. “Eu tô achando que o Marçal tá gostando de me ver nas redes dele. Mente, direito de resposta, e assim vai. Você não consegue me esquecer, né?!”, afirmou em outra.
“Pouca gente sabe que eu tenho especialização em psicologia e mestrado em psiquiatria. Mas eu vou falar uma coisa para vocês, essa obsessão de Pablo Marçal por mim, nem Freud explica. É descontrole. Eu tô aqui, mais uma vez, cumprindo um direito de resposta concedido pela Justiça por causa das mentiras do Marçal. Aliás, se ele for pedir música a cada três direitos de resposta que eu ganho dele, até o final da campanha, ele grava um CD duplo. Para de inventar fake news, Marçal. Se comporta como adulto (…).” – Guilherme Boulos, em direito de resposta publicado nas redes de Marçal
Direito de resposta concedido a Nunes foi gravada por seu candidato a vice
Em vídeo publicado logo na sequência das gravações de Boulos, Ricardo de Mello Araújo (PL) menciona as acusações de Marçal de que funcionários da prefeitura colocaram uma bandeira durante o ato de 7 de Setembro na avenida Paulista. A Justiça Eleitoral considerou falsas as alegações do ex-coach e concedeu direito de resposta ao prefeito na última segunda-feira (16).