Nova equipe da Comissão Europeia é nomeada por Ursula von der Leyen
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nomeou nesta terça-feira (17) a nova equipe para compor o braço executivo da União Europeia nos próximos cinco anos. Com 40% de mulheres nos postos, um dos focos será o combate às mudanças climáticas, além da segurança e crescimento econômico do bloco.
A ministra de Energia e Meio Ambiente da Espanha, Teresa Ribera, será a nova chefe de antitruste, encarregada de conter o poder das empresas de tecnologia e também de garantir que a UE alcance seus objetivos verdes.
“Todo o colégio [Comissão] está comprometido com a competitividade”, disse Von der Leyen em entrevista coletiva, “com o objetivo de construir uma economia descarbonizada e circular, com uma transição justa para todos”. As mudanças climáticas “são o pano de fundo principal de tudo o que estamos fazendo”.
O lituano Andrius Kubilius será o primeiro comissário de Defesa da UE, com o novo cargo destinado a fortalecer a capacidade de fabricação militar europeia diante da Guerra da Ucrânia. Em comparação com seu primeiro mandato de cinco anos, “o tema da segurança tem muito mais impacto”, disse Von der Leyen.
A Comissão Europeia tem o poder de propor novas leis da UE, bloquear fusões entre empresas e assinar acordos de livre comércio.
Todos os candidatos passarão por sabatinas com os legisladores do Parlamento Europeu, que precisam aprovar suas nomeações, nas próximas semanas.
Cada um dos 27 Estados-membros terá um assento à mesa da Comissão, um cargo comparável ao de um ministro do governo, embora seu peso político varie muito dependendo da pasta.
QUESTÕES POLÊMICAS
Cargos-chave foram concedidos a Estados menores. Kaja Kallas, da Estônia, será responsável pela política externa, sendo uma das líderes europeias mais críticas à Rússia e apoiadora das tentativas da Ucrânia de ingressar na UE e na Otan.
A próxima Comissão da UE deverá assumir o cargo até o final do ano, o que significa que uma de suas primeiras tarefas será lidar com o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.
Uma segunda Presidência de Donald Trump poderia alterar a unidade ocidental no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e desestabilizar as relações comerciais entre a União Europeia e os americanos.