Greve de 30 mil trabalhadores da Boeing entra no quarto dia nos Estados Unidos enquanto negociações sobre contrato seguem tensas

Greve de mais de 30 mil trabalhadores da Boeing em fábricas na Costa Oeste dos Estados Unidos

No quarto dia de paralisação, mais de 30 mil trabalhadores das fábricas da Boeing na Costa Oeste dos Estados Unidos seguem em greve, em meio a negociações sobre o contrato de trabalho. A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), principal sindicato da empresa, rejeitou na semana passada uma proposta que incluía um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos, mas eliminava um bônus anual por desempenho.

Os líderes sindicais têm uma nova rodada de negociações marcada para esta terça-feira, com a participação de mediadores do governo dos EUA e representantes da Boeing. Jon Holden, principal negociador do sindicato, destaca a demanda dos trabalhadores por um aumento na oferta salarial e o restabelecimento de uma pensão de benefício definido que foi retirada há uma década.

Esta é a oitava greve desde a criação do braço Boeing do IAM na década de 1930, com paralisações emblemáticas em 2008 e 2005, que duraram 57 e 28 dias, respectivamente. Os trabalhadores afetados estão se preparando financeiramente para o período sem salário, contando com o apoio do sindicato, que fornece uma ajuda de US$ 250 por semana aos grevistas.

Por outro lado, agências de classificação de risco como Fitch, Moody’s e S&P Global Ratings alertam sobre os impactos de uma greve prolongada na recomendação da Boeing, que possui uma dívida significativa de US$ 60 bilhões. A situação segue em constante monitoramento conforme as negociações avançam e as partes buscam um acordo que possa encerrar o impasse atual.

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