Com a seca persistente no Paraná, os rios do estado atingiram níveis críticos, chamando a atenção para a gravidade da situação. O Rio Ivaí, por exemplo, teve uma medição alarmante de apenas 70 centímetros, um dos menores já registrados nos últimos anos. Esta condição tem gerado preocupações em relação ao abastecimento de água e à preservação do ecossistema dos municípios da região.
A medição foi realizada sob a ponte do Rio Ivaí, localizada no Porto Ubá, em Lidianópolis, com a presença de Marildo Oliveira, coordenador da Patrulha Ambiental do Rio Ivaí e secretário da Colônia de Pescadores Profissionais Z-17.
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“Esse nível é abaixo do esperado e, se a seca persistir, o rio pode se aproximar do registro crítico de 38 centímetros observados há alguns anos”, alerta Marildo. Na época, em alguns pontos era possível atravessar o rio a pé.
Diante da gravidade da situação, o Instituto Água e Terra (IAT) proibiu a pesca em diversos rios do Paraná, incluindo os da Bacia do Ivaí, como Alonso, Bulha, Corumbataí e Rio Branco, visando proteger a fauna aquática. Maurilio Villa, chefe do Núcleo Regional do IAT de Ivaiporã, destaca que outros rios menores afluentes do Ivaí também estão enfrentando a mesma crise, com níveis extremamente baixos.
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Villa enfatiza a importância da conscientização sobre o uso da água, mesmo com as previsões de chuva para os próximos dias. Ele ressalta que é essencial economizar água, dada a escassez prevista para os próximos meses. O IAT também alerta sobre a necessidade de obtenção de Outorga para o Uso da Água para regularizar a situação dos consumidores que utilizam recursos hídricos.
O órgão ambiental tem recebido denúncias de queimadas em áreas de proteção de nascentes e matas ciliares, agravando a crise da seca. A fiscalização para coibir essas práticas ilegais está sendo intensificada pela IAT e pela Força Verde, a fim de garantir o cumprimento da legislação ambiental.
Colônia Z-17 isenta de proibição
A colônia de pescadores Z-17 foi autorizada a continuar suas atividades de pesca em um trecho específico do rio Ivaí, entre o Porto de Areia, em Ivaiporã, e a confluência do Rio Keller, em Itambé, na região Noroeste. A decisão foi baseada na dependência dos pescadores da colônia para sua subsistência.
Marildo Oliveira ressaltou que os pescadores da colônia não possuem outras fontes de renda e dependem exclusivamente da pesca para sustentar suas famílias. Ele explicou que a autorização foi concedida após reuniões com técnicos do IAT e representantes do Governo.