Ministério da Justiça monitora acesso indevido em sistema reservado e identifica uso por robôs em investigação da PF

Ministério da Justiça monitora acesso ao sistema Sinesp para evitar uso indevido

Recentemente, o Ministério da Justiça informou que utiliza uma ferramenta reservada para monitorar continuamente as credenciais dos usuários do sistema Sinesp. Essa prática tem como objetivo identificar qualquer uso indevido de acesso e, caso seja detectado, tomar medidas imediatas para bloquear a conta e encaminhar as informações à Polícia Federal.

O acesso ao Sinesp é restrito a profissionais de segurança pública habilitados, autorizados pelas instituições às quais pertencem. Segundo o ministério, não há indícios de uso indevido por parte das equipes do Sinesp Infoseg, portanto, a competência para investigação é da Polícia Federal.

Especialistas em segurança de dados alertam para a importância de medidas como “travas para consultas” e revisão de privilégios para evitar o acesso indiscriminado a informações sensíveis. O codiretor da ONG Data Privacy, Rafael Zanatta, destacou a falta de controles rigorosos no Infoseg, revelando a vulnerabilidade do sistema.

Zanatta sugere que o Ministério da Justiça poderia ser mais receptivo a contribuições externas de especialistas e até mesmo promover desafios para identificar falhas nos sistemas, como forma de aumentar a segurança e a transparência.

Uma auditoria recente no sistema revelou que os dados de Auriemo Neto foram consultados por 17 servidores desde 2021, levantando suspeitas de atividades irregulares, incluindo consultas em grande volume por robôs, evidenciando a necessidade de reforçar as medidas de segurança no acesso ao Sinesp.

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