Índice ultravioleta extremo preocupa paulistanos; Ministério da Saúde em alerta em meio a onda de calor e crise climática.

Os paulistanos enfrentarão uma situação preocupante a partir da próxima quinta-feira (19), com a exposição ao índice ultravioleta (IUV) 11, considerado extremo pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), esse índice se manterá no nível mais alto pelo menos até sexta-feira.

O IUV varia de zero a 11 e serve para mensurar a intensidade dos raios ultravioleta, os quais podem causar danos à pele, aos olhos e acarretar outros problemas de saúde. O aumento desse índice pode ser atribuído, em parte, à poluição atmosférica, que ao afetar a camada de ozônio, permite que uma maior quantidade de radiação UV atinja a superfície terrestre.

Recentemente, a qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo sofreu uma queda significativa, com a capital sendo considerada a cidade mais poluída do mundo. Contribuindo para esse cenário desfavorável, temos a presença de fumaça oriunda de incêndios florestais, a baixa umidade do ar e as altas temperaturas que têm marcado os últimos dias.

Diante desse contexto, autoridades se reuniram para discutir a situação do ar em São Paulo e a crise climática que assola o estado. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estiveram presentes nesse encontro, que resultou na prorrogação do fechamento de 81 unidades de conservação até o dia 29, no aumento do efetivo de bombeiros civis e na destinação de recursos para combate aos incêndios.

Além disso, equipes técnicas estão atuando para elaborar planos de ação destinados à população afetada pelos incêndios, com orientações sobre cuidados com a saúde e medidas preventivas. O Ministério da Saúde recomenda o reforço das Unidades Básicas de Saúde, a oferta de pontos de hidratação, o monitoramento da qualidade da água e do ar, entre outras providências.

É fundamental que a população siga as orientações das autoridades, como aumentar a ingestão de água, buscar locais mais frescos, evitar atividades ao ar livre e se afastar de áreas com focos de incêndio. O governo federal, por sua vez, está monitorando outras regiões afetadas pela seca e queimadas, com a Força Nacional do SUS programando visitas a estados como Acre, Amazonas e Rondônia.

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