Segundo informações divulgadas pelo ministério, o apoio da Força Nacional será estruturado em três níveis distintos. O primeiro nível consiste na orientação e organização da rede assistencial, com foco em reforçar os serviços, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a maioria dos problemas de saúde relacionados às queimadas pode ser resolvida de forma mais eficiente.
No segundo nível de apoio, está prevista a expansão da oferta de atendimento por meio de pontos de hidratação estratégicos. Já no terceiro nível, em caso de necessidade extrema, serão utilizadas estruturas maiores, como hospitais de campanha, caso a rede de saúde esteja sobrecarregada e incapaz de atender a demanda, embora essa não seja a situação atual.
Na sexta-feira (13), as ministras da Saúde, Nísia Trindade, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, se reuniram com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para discutir a crise climática que está afetando o estado. Técnicos do Ministério da Saúde foram enviados para a cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista, com o intuito de apoiar os gestores locais na elaboração de planos de ação emergenciais.
A criação da Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde, em julho, foi um passo importante para centralizar as ações de resposta a esse tipo de emergência. Com a participação de representantes de estados, municípios, do Distrito Federal e de diversas instituições de saúde e meio ambiente, a Sala tem trabalhado na orientação da população e na implementação de planos de vigilância em saúde ambiental. Uma das iniciativas relevantes foi a publicação de diretrizes para a proteção e monitoramento da saúde dos brigadistas florestais.
O Ministério da Saúde mantém um monitoramento constante das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais por meio do VigiAr, sistema de Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar. Além disso, a qualidade da água também é monitorada pelo VigiÁgua, em colaboração com outros órgãos, a fim de garantir o fornecimento de água potável nas regiões afetadas.
Todas essas ações demonstram a importância da atuação coordenada entre órgãos governamentais e da sociedade civil para lidar de forma eficaz com os impactos das queimadas e preservar a saúde da população diante desse cenário de emergência ambiental.