Bienal do Livro: Último dia recheado de discussões importantes sobre maternidade, educação e meio ambiente. Grandes nomes da literatura marcaram presença.

O penúltimo dia da Bienal do Livro: Maternidade, Educação e Críticas ao Sistema

No penúltimo dia da Bienal do Livro, os holofotes se voltaram para discussões profundas sobre maternidade, educação e o futuro da espécie humana. Com todos os ingressos vendidos, o evento contou com a presença de renomados autores da literatura brasileira contemporânea, como Carla Madeira, Eliana Alves Cruz e Ailton Krenak, imortal da Academia Brasileira de Letras e colunista deste jornal.

Os debates foram inspirados nas histórias e reflexões propostas pelos próprios escritores. Carla Madeira, autora do best-seller “Tudo é Rio”, abordou a maternidade como tema central de suas obras, destacando a intensidade do amor, medo e vulnerabilidade que a experiência de ser mãe desperta, bem como a sobrecarga enfrentada pelas mulheres nesse papel.

Eliana Alves Cruz, vencedora do Prêmio Jabuti com o livro “Solitária”, enfatizou a importância da literatura como aliada no processo de enfrentamento da culpa materna e na busca por identificação com outras mães, que enfrentam desafios semelhantes. Ela ressaltou: “A literatura nos faz companhia, nos permite refletir sobre aspectos da maternidade que muitas vezes evitamos confrontar sozinhas”.

Ailton Krenak, por sua vez, trouxe reflexões sobre educação fora dos muros escolares, criticando a atual organização do sistema educacional que relega às famílias a responsabilidade pelo ensino. Para o ativista socioambiental, a educação deveria estar presente em todos os espaços da vida cotidiana, não se limitando ao ambiente escolar.

Além das discussões, a Bienal do Livro foi marcada por longas filas nos estandes mais populares, congestionando os corredores e exigindo dos visitantes uma dose extra de paciência. O calor também se fez presente, com a falta de refrigeração em diversos pontos do evento levando os participantes a improvisar abanadores com marcadores de páginas e mapas.

Em meio a tantas reflexões e agitação, o penúltimo dia da Bienal do Livro deixou marcas profundas nos visitantes, que se despediram do evento ansiosos por levar consigo as experiências e aprendizados compartilhados.

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