Número de incêndios combatidos pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro atinge recorde em 2024, com mais de 16 mil ocorrências.
Os dados alarmantes divulgados pela corporação mostram que houve um aumento de 85% no número de ocorrências em relação ao mesmo período de 2023. Municípios como Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias lideram a lista dos mais afetados, seguidos por Maricá, Nova Iguaçu, Niterói, Araruama, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda.
Incêndios próximos a comunidades têm preocupado os bombeiros, que estão lutando contra as chamas no Parque Estadual da Pedra Branca e na mata do Morro das Andorinhas, em Niterói. Além disso, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, uma área de grande importância ecológica na região serrana do estado, tem sido alvo de focos de incêndio que demandam esforços constantes dos brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICBMBio).
Os dados do monitoramento por satélite realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmam as preocupações em relação aos incêndios. Desde o início do ano, foram detectados 840 focos de queimadas, o maior número registrado em um único ano desde 2017. Este cenário é agravado pelo clima seco e pelos ventos, tornando o controle dos incêndios mais desafiador.
A qualidade do ar também tem sido afetada pelas queimadas, impactando a saúde da população local. O boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostra que a situação da qualidade do ar tem piorado, com um aumento no número de estações que registraram condições ruins ou moderadas. A população, principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias, deve ficar atenta aos sintomas e seguir as recomendações de saúde para minimizar os efeitos da fumaça na atmosfera.