Estudantes da USP protestam contra assédio e violência na Cidade Universitária após denúncias de estupro e tentativa de estupro

Protesto na USP após denúncias de estupro

No decorrer desta sexta-feira (13), alunos da Universidade de São Paulo (USP) manifestaram-se em frente à Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento em repúdio a casos de estupro e tentativa de estupro ocorridos na Cidade Universitária, localizada na zona oeste da capital paulista.

Os manifestantes exibiram cartazes exigindo medidas mais eficazes de combate ao assédio e à violência na instituição, enquanto acusavam a reitoria de ser conivente com tais atos.

Um dos cartazes questionava: “Quantos casos precisam acontecer?”.

Uma das vítimas de estupro, Yasmin Mendonça, de 20 anos, residente do Conjunto Residencial da USP, relatou ter sido agredida sexualmente por um vizinho estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas em agosto. Após a divulgação do caso pela imprensa, a USP transferiu o acusado para outro alojamento, mas posteriormente decidiu pela sua expulsão.

O caso está sendo investigado pela Procuradoria Geral da Universidade e pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito após a vítima registrar ocorrência na delegacia.

Yasmin Mendonça participou do protesto e expressou alívio com a expulsão do agressor, porém afirmou que seguirá em busca de justiça.

Outro incidente de violência contra uma mulher foi registrado na Cidade Universitária em agosto, quando uma estudante denunciou uma tentativa de estupro. O agressor, armado com um simulacro de pistola, abordou a jovem de 23 anos na praça do Relógio, mas fugiu após ela gritar por socorro.

O protesto gerou debates sobre a segurança na Cidade Universitária, com os alunos reclamando da falta de presença de guardas e da iluminação precária. A prefeitura do campus está realizando a troca de lâmpadas e poda de árvores como medidas emergenciais até uma reforma mais ampla ser realizada.

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