Esquema desbaratado pela PF envolvia pessoas pagas para difamar políticos em locais públicos, operação Teatro Invisível.

Operação Teatro Invisível: o esquema desbaratado pela PF

Recentemente, a Polícia Federal desbaratou um esquema inusitado que envolvia pessoas sendo pagas para fazer algo que muitos de nós fazemos diariamente de forma voluntária: falar mal de políticos em locais públicos. De acordo com as investigações, os participantes recebiam cerca de R$ 2.000 por mês para espalhar críticas sobre candidatos em pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados.

A operação recebeu o nome de Teatro Invisível, uma escolha que faz todo sentido considerando a forma como o esquema funcionava. Os “atores” infiltrados agiam sem chamar atenção, misturando-se à população e espalhando informações negativas sobre os políticos que desejavam denegrir.

Um exemplo disusitado foi citado durante as investigações: em Mangaratiba, um indivíduo tomando café numa padaria de manhã cedo ouvia uma conversa sobre um candidato satanista, e imediatamente corria para compartilhar a informação com amigos e familiares, sem perceber que estava contribuindo para um plano arquitetado por criminosos.

Além de Mangaratiba, a operação identificou a atuação dos “atores” em diversas outras cidades, como Paraty, São João de Meriti, Cabo Frio, Guapimirim, Carapebus, Paracambi, Itatiaia, Araruama, Itaguaí, Miguel Pereira, Belford Roxo e Saquarema.

Esse caso chama a atenção para a facilidade com que informações falsas podem ser disseminadas e como a manipulação política pode ocorrer de forma sorrateira. A população deve estar atenta a esse tipo de prática e sempre verificar a veracidade das informações recebidas, a fim de evitar ser parte de um “teatro invisível” como esse.

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