De acordo com a Conab, essa diminuição na produção é resultado da demora na regularização das chuvas no início do período de plantio, juntamente com baixas precipitações ao longo do ciclo das culturas nos estados do Centro-Oeste, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, São Paulo e Paraná. Além disso, o excesso de chuva no Rio Grande do Sul também impactou a produção, principalmente nas lavouras de primeira safra.
Apesar dos desafios enfrentados, a Conab destaca que esta ainda é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica. A área semeada teve um aumento de 1,6%, chegando a 79,82 milhões de hectares, enquanto a produtividade média das lavouras registrou uma redução de 8,2%.
A cultura da soja foi uma das mais afetadas pelo clima adverso, com uma redução na produção estimada em 147,38 milhões de toneladas. O atraso nas chuvas, baixas precipitações e altas temperaturas impactaram negativamente as áreas semeadas entre setembro e novembro em diversas regiões do país.
Com relação ao milho, a Conab também aponta consequências do clima durante o desenvolvimento do cultivo, com uma redução na produção estimada em 115,72 milhões de toneladas. O algodão teve uma ligeira queda na produtividade, mas um aumento expressivo na área destinada à cultura, resultando em uma elevação na produção.
Por fim, a produção de arroz e feijão apresentou crescimento em relação à temporada anterior, influenciada principalmente pelo aumento da área cultivada. O feijão teve um desempenho especialmente positivo na segunda safra, com um aumento de 18,5% na produção.
Diante do cenário de desafios climáticos, a agricultura brasileira continua a enfrentar obstáculos para garantir a produção de grãos e leguminosas. Com a perspectiva da safra 2023/2024, os produtores precisarão adotar estratégias para lidar com as variáveis climáticas e garantir um abastecimento adequado no país.
-
-
-
-
