O bloqueio do X no Brasil gera debate sobre liberdade de expressão
O bloqueio do X no Brasil, determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, tem gerado repercussão internacional e levantado questões em relação à liberdade de expressão. O evento chamou a atenção dos Estados Unidos, onde a direita política criticou a decisão, considerando-a um ataque à liberdade de expressão, um valor fundamental do país.
Na Europa, onde as leis de conteúdo e redes sociais são mais rígidas, a reação foi mais comedida. O ministro Volker Wissing, da Alemanha, membro do partido de centro-direita FDP, compartilhou suas opiniões em uma entrevista por e-mail à Folha. Ele ressaltou a importância das grandes plataformas na sociedade e sua responsabilidade em garantir a liberdade de expressão sem tolerar conteúdo ilegal.
O encontro de ministros de economia digital do G20 em Maceió, Brasil, discutirá a desinformação nas redes sociais, tema que ganhou destaque após o bloqueio do X no país. Wissing destaca que medidas de bloqueio devem ser tomadas apenas em situações extremas, quando a segurança do Estado ou a democracia estão em risco.
A Comissão Europeia abriu um processo contra o X por violar regulamentos, incluindo a comercialização indevida do selo azul. Wissing enfatiza a importância de uma internet global livre de censura, onde opiniões diversas possam ser expressas sem bloqueios governamentais.
Desinformação e combate na Europa
A legislação europeia garante que usuários possam denunciar conteúdo ilegal, que deve ser removido pelas empresas. O combate à desinformação se tornou crucial com a invasão russa na Ucrânia, onde a disseminação de informações falsas busca minar a confiança nos sistemas de governo.
Para Wissing, a luta contra a desinformação requer uma abordagem mais ampla, envolvendo uma imprensa livre e cidadãos bem informados como principais armas contra as fake news.