Em um pronunciamento contundente no Plenário do Senado nesta quarta-feira (11), o senador Magno Malta (PL-ES) relembrou o trágico caso de Clériston Pereira da Cunha, um dos manifestantes presos durante a invasão e depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Malta destacou que Clériston permaneceu detido mesmo após um pedido de soltura da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), vindo a falecer devido a comorbidades. O senador aproveitou o momento para reforçar sua defesa pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na visão do parlamentar, a morte de Clériston representa uma “injustiça promovida pelo Estado” e evidencia a fragilidade do sistema Judiciário brasileiro. Malta argumentou que os direitos humanos não estão sendo respeitados e que é urgente tomar medidas em defesa dos detidos.
Emocionado, Malta compartilhou sua tentativa de sensibilizar a Comissão de Direitos Humanos para visitar e ouvir as mulheres detidas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, que sofriam de diversas enfermidades. Ele comparou o caso de Clériston ao do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar, ressaltando a importância de também lembrar a morte do manifestante.
Além disso, o senador criticou a postura autoritária de Alexandre de Moraes e convocou a população a se manifestar. Malta conclamou por manifestações em todo o Brasil, afirmando que é necessário cobrar a responsabilização do ministro. Ele declarou: “Fora, Moraes!”
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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