Operações da PF investigam aliciamento de eleitores em João Pessoa e ligação de políticos com o crime organizado.

Operações policiais revelam conexões entre crime organizado e política em São Paulo

Na última terça-feira (10), a Polícia Federal deflagrou uma operação em João Pessoa com o intuito de investigar o aliciamento de eleitores. Durante a ação, foram apreendidos contracheques de funcionários da prefeitura local. Esta não é a primeira vez que a PF mira a relação entre crime organizado e política na região. Em maio, uma operação atingiu a administração municipal, chegando até Janine Lucena, filha do ex-prefeito Cícero. Segundo investigações, um membro da Nova Okaida teria negociado cargos públicos em troca de favores ilícitos.

Apesar de não haver relatos de que a facção criminosa de São Paulo esteja interferindo nas campanhas eleitorais, a presença do crime organizado é latente no cenário político atual.

O candidato Pablo Marçal encontra-se no centro de polêmicas envolvendo correligionários com supostas ligações com o PCC. O presidente de seu partido, o PRTB, Leonardo Avalanche, foi gravado afirmando ter vínculos com o grupo criminoso e ter participado da liberação de um líder da organização. Em paralelo, Tarcísio Escobar e Júlio César Pereira, ligados ao partido, são acusados de envolvimento em esquemas de tráfico de drogas para o PCC.

Luiz Carlos Pacheco, conhecido como Pandora e dono da empresa de ônibus Transwolff, foi preso em abril em uma investigação que apura lavagem de dinheiro do PCC utilizando a empresa. Ele possui laços com o presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite, cujos sigilos fiscal e bancário foram quebrados pela Justiça.

Os recentes depoimentos colhidos pela Polícia Civil reforçam a suposta influência do vereador Senival Moura sobre a Transunião, empresa de ônibus investigada por ligações com a facção criminosa. Moura tem apoiado Guilherme Boulos na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo.

A presença do crime organizado na esfera política não é algo incomum e já assombra diversas cidades, tanto pequenas quanto grandes, como Embu das Artes e o Rio de Janeiro. Nestes locais, a interferência de milícias e facções é uma realidade há tempos.

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