Operação Estelião II: PF desarticula associação criminosa por fraudes previdenciárias no Rio de Janeiro. Dois mandados de prisão e busca cumpridos.

Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a Operação Estelião II, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida em fraudes em benefícios previdenciários em diversos municípios do Rio de Janeiro. A ação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, além de três medidas cautelares, incluindo dois afastamentos de servidores públicos.

Os mandados foram cumpridos em seis municípios: Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Armação dos Búzios, Belford Roxo, Duque de Caxias e Rio de Janeiro. Essa é a segunda fase da operação, que teve início em dezembro de 2023, quando foram apreendidos 27 cartões bancários em nome de terceiros, 70 documentos de identificação falsos e um manuscrito com dados de 21 benefícios previdenciários.

Durante a operação, também foi encontrada uma carteira da OAB/RJ em nome de uma advogada do Rio de Janeiro, obtida de forma ilegal pelos investigados com o uso de documentos falsos. Após análise do material apreendido, foi confirmada a existência de 27 benefícios fraudulentos, resultando em um prejuízo de R$ 8.710.000 aos cofres públicos.

A investigação revelou o envolvimento de gerentes bancários, servidores do INSS, despachantes, pessoas que se passavam por beneficiários fictícios e fraudadores que auxiliavam na concretização das fraudes. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens no valor do prejuízo causado e o sequestro de 11 imóveis pertencentes aos investigados.

Os crimes em questão incluem associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade de documento público e lavagem de dinheiro. As penas previstas somadas podem ultrapassar 26 anos de prisão. A Operação Estelião II é nomeada em referência ao lagarto Estelião, associado à falsidade devido à sua habilidade de mudar de cor para enganar seus inimigos.

A investigação contou com o apoio do Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social e da Unidade de Inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários da PF/RJ. Os investigados estão sujeitos a responder pelos crimes descobertos, e novas acusações podem surgir à medida que as investigações avançam.

Sair da versão mobile