A capital francesa abriga cerca de 185 mil pessoas com deficiência, e nos últimos anos tem investido em melhorias para tornar a cidade mais acessível. Um exemplo disso é a adaptação de 59 das 61 linhas de ônibus municipais, com a instalação de rampas de acessibilidade. Além disso, semáforos com módulos sonoros foram instalados para auxiliar pessoas com deficiência visual, e o plano é expandir ainda mais esses recursos.
Outra meta importante é a criação de escolas adaptadas a cada 15 minutos de caminhada, para atender aos estudantes com deficiência da cidade. A Prefeitura de Paris também está empenhada em tornar 90% dos imóveis públicos acessíveis até o próximo ano. Além disso, instalações esportivas foram reformadas para garantir a inclusão de todos.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. O sistema metroviário parisiense, por exemplo, carece de acessibilidade, com apenas 29 estações preparadas para receber pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. A falta de elevadores e outras barreiras arquitetônicas dificultam a locomoção de cadeirantes e pessoas com outras deficiências.
No entanto, a partir da experiência de Barcelona, que sediou os Jogos Paralímpicos em 1992 e implementou um plano abrangente de acessibilidade posteriormente, é possível enxergar o potencial transformador desses megaeventos. A capital catalã se tornou um exemplo de inclusão, com calçadas, praças e estações de metrô adaptadas para pessoas com deficiência.
Em Paris, a expectativa é que os investimentos em acessibilidade continuem a avançar, beneficiando não apenas os atletas paralímpicos, mas toda a comunidade. O legado dos Jogos Paralímpicos pode ser duradouro e inspirador, incentivando a construção de uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos.
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