Candidato do PT agredido por deputado pede inclusão em programa de proteção aos defensores de direitos humanos.

O candidato a vereador do Rio de Janeiro Leonel Querino (PT), conhecido como Leonel de Esquerda, solicitou sua inclusão no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas do governo federal. O pedido veio após ele ter sido agredido durante uma agenda de campanha no último domingo (1º) na zona norte da capital fluminense.

Segundo Leonel, o agressor foi o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), que é candidato a prefeito e teve sua chapa indeferida pela Justiça Eleitoral por outra ocorrência de violência. De acordo com o petista, ele foi espancado por Amorim durante o evento, enquanto o deputado alega ter agido em legítima defesa, afirmando que o candidato a vereador teria caído durante uma confusão.

Após o episódio, Leonel foi hospitalizado e recebeu visitas de outros candidatos, como Eduardo Paes (PSD), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP). Ele teve alta na quarta-feira (4) e, juntamente com sua família, enviou uma solicitação ao Ministério dos Direitos Humanos para ingressar no programa de proteção, alegando temer por suas vidas.

O comunicado assinado pelos advogados do candidato destaca que, apesar de sua atuação como comunicador em defesa dos direitos humanos há anos, esta foi a primeira vez que ele se sentiu ameaçado. Leonel é conhecido por manter o canal “Você é de Esquerda e Não Sabe” no YouTube, onde aborda questões relacionadas à esquerda política.

Por outro lado, Rodrigo Amorim teve sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral após ter sido condenado em segunda instância por crime de violência política de gênero. O deputado ganhou destaque nacional em 2018 ao quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros naquele mesmo ano.

A situação levanta debates sobre a segurança e proteção dos defensores de direitos humanos e comunicadores no Brasil, especialmente em tempos de polarização política e violência eleitoral.

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